terça-feira, 30 de junho de 2009

Andava eu triste com coisas minhas..
Algo que por muito doloroso que seja
tem remédio...

Quando na sexta feira recebi uma noticia
que jogou toda a gente abaixo
um falecimento...
Alguém que parte sem que houvesse
prenúncio de morte
que permitisse a despedida!
Fez me lembrar um texto de Letícia Thompson
"Efêmero" o qual vos deixo...
o qual devíamos ter sempre presente...

Se pudéssemos ter consciência do
quanto nossa vida é efêmera,
talvez pensássemos duas vezes
antes de jogar fora as oportunidades
que temos de ser e de fazer os outros felizes.
Muitas flores são colhidas cedo demais.
Algumas, mesmo ainda em botão.
Há sementes que nunca brotam
e há aquelas flores que vivem a vida inteira
até que, pétala por pétala, tranqüilas, vividas,
se entregam ao vento.
Mas a gente não sabe adivinhar.
A gente não sabe por quanto tempo
estará enfeitando esse Éden
e tampouco aquelas flores que foram plantadas
ao nosso redor.
E descuidamos. Cuidamos pouco.
De nós, dos outros.
Nos entristecemos por coisas pequenas
e perdemos minutos e horas preciosos.
Perdemos dias, às vezes anos.
Nos calamos quando deveríamos falar;
falamos demais quando deveríamos ficar em silêncio.
Não damos o abraço que tanto nossa alma pede
porque algo em nós impede essa aproximação.
Não damos um beijo carinhoso
"porque não estamos acostumados com isso"
e não dizemos que gostamos
porque achamos que o outro sabe
automaticamente o que sentimos.
E passa a noite e chega o dia,
o sol nasce e adormece
e continuamos os mesmos, fechados em nós.
Reclamamos do que não temos,
ou achamos que não temos suficiente.
Cobramos. Dos outros. Da vida. De nós mesmos.
Nos consumimos.
Costumamos comparar nossas vidas
com as daqueles que possuem mais que a gente.
E se experimentássemos comparar com aqueles
que possuem menos?
Isso faria uma grande diferença!
E o tempo passa...
Passamos pela vida, não vivemos.
Sobrevivemos, porque não sabemos fazer outra coisa.
Até que, inesperadamente, acordamos
e olhamos pra trás.
E então nos perguntamos: e agora?!
Agora, hoje,
ainda é tempo de reconstruir alguma coisa,
de dar o abraço amigo,
de dizer uma palavra carinhosa,
de agradecer pelo que temos.
Nunca se é velho demais ou jovem demais para amar,
dizer uma palavra gentil ou fazer um gesto carinhoso.
Não olhe para trás. O que passou, passou.
O que perdemos, perdemos.
Olhe para frente!

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